TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, é um transtorno neurobiológico, o dia de 13 de Julho como o dia mundial da conscientização deste transtorno, segundo o Instituto Neuro-Saber, (em) 2020 no Brasil cerca de 7,6% dos jovens com idade entre 6 e 17 anos tem o transtorno, e 60% delas seguem com o transtorno na vida adulta.

            É um transtorno crônico que se inicia na infância, mas geralmente só é identificado na adolescência e apesar de não ter cura, o paciente tendo um acompanhamento psiquiátrico e psicológico, é possível ter uma vida bem mais tranquila e com isso, conseguir conviver com o transtorno.

 O TDAH em uma grande maioria não é diagnosticado na infância, e por essa causa muitas vezes não recebe o tratamento necessário, o que vai dificultar em muito no dia a dia de quem tem o transtorno, podendo este perdurar pela vida adulta e contribui em muito para baixa autoestima do paciente.

A pessoa tende a ter suas relações interpessoais bem difíceis, tendo muitas dificuldades na escola e no trabalho, já que sua mente trabalha em um ritmo diferenciado e bem mais acelerado do que a das outras pessoas, embora ele possa ser diagnosticado em meninos e meninas, os meninos tem uma probabilidade três vezes maior que as meninas, geralmente as pessoas que tem o TDAH são muito inteligentes e muito críticas.

            Os sintomas mais comuns são: a falta de atenção, distração, impulsividade, dificuldade de foco, hiperatividade, durante a adolescência o transtorno pode ser muito perigoso, já que é neste período que o convívio social com os demais adolescentes tende a ficar mais prejudicado, e com isso gerar diversas reações. Mas claro que cada pessoa pode ter sintomas diferentes de outra pessoa que também tem o transtorno que podem alterar desde a alimentação e o estilo de vida.

             O TDAH é um distúrbio do espectro que tem algumas categorias para diferenciar os tipos, com sintomas que variam entre leves e graves, eles são: Tipo desatento, que geralmente só tem dificuldade para prestar atenção na escola, constantemente vive sonhando acordado, e/ou perde a atenção quando estão conversando ou realizando qualquer tipo de tarefa, mesmo as mais simples, pela dificuldade de concentração, por tanto se distrai muito fácil.

Já o tipo hiperativo, são muito inquietos com frequência, as vezes se envolve em diversos problemas que são causados pelo comportamento impulsivo. O tipo misto, além dos sintomas do tipo desatento, ele também traz os sintomas do tipo hiperativo. (UNICAMP, 2022)

Ao entrar na adolescência quem tem o transtorno pode demonstrar um sentimento interior de inquietação. Tudo pode ter um componente genético, herdando de um dos pais. É bem provável que o pai ou mãe de um adolescente com o transtorno nunca tenha sido diagnosticado com o transtorno quando eram crianças, nem ter tido o tratamento necessário, mas por ter os sintomas semelhantes ele (a) pode perceber no filho (a) os mesmos sintomas e ao reconhece-los procurar atendimento psiquiátrico e psicológico o quanto antes.

Por ter tido causas diversas que podem incluir desde traumatismo craniano, assim como condições adversas no pré-natal, onde o uso de drogas pela mãe pode ser um fator preponderante, na verdade não foi provado as causas especificas deste transtorno, mesmo em casos onde a genética transmitiu, a realidade é que ninguém pode ser considerado culpado.

Não sendo considerado distúrbio de aprendizagem, mesmo sabendo que apesar de entender todo o material eles podem se sair muito mal nas avaliações escolares, por causa disso convive rotineiramente com uma baixa autoestima, por sempre julgar que não é uma pessoa inteligente e capaz.

Nas práticas esportivas ele (a) pode se machucar, por agir impulsivamente e não ser cauteloso (a), mesmo que pareça que sim, não é maldade e sim por que não conseguem mensurar a potência ou força que usam na determinada ação.

Quando usam drogas e/ou álcool, tem suas ações potencializadas, e isso os colocam em riscos ainda maiores. O tratamento de preferência deve ser com uma equipe multidisciplinar composta por um neurologista, um psiquiatra e um psicólogo, pode ser recomendado prescrições de medicamentos que devem ser seguidas à risca.

Nos últimos meses depois da pandemia o diagnóstico de TDAH ficou mais evidenciado dentro das redes sociais e isso reverberou positivamente por todos os cantos do mundo, fazendo com que a saúde mental passasse a ser tratada de uma forma mais responsável por todos, e pelo poder público, muitos foram em busca de entender o que sentiam, já que durante a pandemia, puderam observar melhor e sentir eles mais aflorados, entendendo a diferença que possuíam das demais pessoas, e com isso foram em busca de entender tudo aquilo melhor.

Outra coisa positiva que a pandemia trouxe para quem tem o transtorno foi que muitas pessoas famosas, trouxeram à tona em suas redes sociais que também são TDAH, falando abertamente de suas dificuldades na vida, com isso incentivaram as pessoas que tem o transtorno ou desconfiavam ter a procurar ajuda.

Hoje na vida adulta, estes famosos, falaram como se sentiam ao descobrir que que deveriam ter procurado ajuda antes, e que não procuraram ajuda como deveria por falta de conhecimento, entendimento de sua própria condição, passando a incentivar aos pais desta nova geração que ficassem mais atentos e ao perceberem algo semelhante no seu filho (a), não demorasse para procurar ajudar médica e terapêutica.

É muito comum que as pessoas com TDAH sejam taxadas como “pessoas que não vão dar em nada na vida”, por algumas pessoas da família e ou amigos, vizinhos e isso não é verdade, mesmo durante um tempo sendo péssimo aluno, mas quem tem um transtorno também tem um superpoder que é o hiper foco e com ele é possível conseguir muita coisa inclusive mudar este estigma imposto pelos outros, querer mudar e usar este poder vai lhe dar a munição necessária para destruir toda esta expectativa negativa que tem as pessoas e até você mesmo, sobre sua própria capacidade de ser um vencedor.

Apesar de tantos pontos negativos existem os positivos e dentre eles está a criatividade, empatia, espontaneidade, flexibilidade no pensamento, entre tanto é preciso fazer o tratamento terapêutico para conseguir chegar neste ponto, e com isso ser mais produtivo, não sendo vencido pelos pontos negativos que tem o TDAH.

O psicólogo e o psiquiatra devem fazer parte da rotina de quem tem TDAH, a terapia vai ajudar e muito a conviver com o transtorno e como dito acima, em alguns casos o psiquiatra pode ter que indicar medicamentos para o tratamento que deve ser contínuo.

REFERÊNCIAS

A PREVALÊNCIA DO TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE. www.institutoneurosaber..com.br Londrina – PR. 2020. Disponível em: https://institutoneurosaber.com.br/a-prevalencia-do-transtorno-do-deficit-de-atencao-e-hiperatividade-tdah/ acesso em 30/07/2022 às 11h.

Aprenda TDAH. www.fcm.unicamp.br Campinas-São Paulo. 2022. Disponível em: https://www.fcm.unicamp.br/adolescentes/aprenda/tdah acesso em 29/09/2022 às 9h.

PONTES, Felipe. TDAH: Como é Possível Ser Um Profissional de Alto Desempenho. Brasil, 2021. Disponível em: https://pt.linkedin.com/pulse/tdah-como-%C3%A9-poss%C3%ADvel-ser-um-profissional-de-alto-felipe-pontes  Acesso em 19/01/2023 às 10h.

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