A palavra “risco” tem origem no Latim, significando “ousar”, e em espanhol denota um penhasco alto e escarpado. O termo abrange a ideia de perigo, perda, prejuízo ou ganho, e pode ser interpretado como uma medida de probabilidade e impacto, geralmente associado a efeitos adversos, muitas vezes resultando em perdas financeiras.
Então para resumir o risco, é um conjunto de incertezas que encontramos quando queremos fazer algo, e não é apenas “problema”, um risco positivo pode se tornar uma “oportunidade” também.
Já o “risco” em projetos podemos entender como um evento ou condição incerta, que se ocorrer teremos um efeito negativo ou positivo sobre os objetivos deste projeto.
É crucial entender que o risco não se refere a escolhas futuras, mas sim às implicações futuras das decisões atuais. Em outras palavras, é fundamental agir agora para reduzir ameaças e aproveitar oportunidades.
Então os benefícios da aplicação da gestão de riscos são:
– A gestão por crises já não é mais tão preocupante;
– Menos surpresas e problemas;
– Atingir os resultados esperados e sucesso do projeto.
Nós lidamos todos os dias com riscos, ações preventivas dos riscos podem economizar tempo e dinheiro no projeto, evitando que riscos se tornem problemas.
Quem está à frente do projeto realizando a sua gestão deve observar:
– O evento que pode disparar um risco;
– A sua probabilidade de ocorrer;
– A gravidade do impacto ou suas consequências;
Mas se a gestão de riscos é tão importante por que as pessoas não fazem?
– Baixa disposição para admitir que os riscos existem;
– Tendência a adiar as coisas difíceis;
– Porque custa tempo e dinheiro;
A gestão de riscos deve ser realizada em todas as etapas do projeto, com ênfase especial no planejamento. Além disso, é essencial abordar os riscos antes e depois da aprovação de mudanças, bem como em todas as reuniões de acompanhamento.
Sobre a categoria de riscos temos vários tipos de riscos:
– Técnicos (relacionados a novas tecnologias e ao conhecimento técnico);
– Organizacionais (estrutura da empresa: falta de priorização, conflitos, metas irreais);
– Externos (relacionados a fontes externas como motivo legal ou prioridade do cliente);
– Custos (relacionados ao custo como estimativas ou custos não considerados);
– Cronograma (podem afetar o prazo do projeto como erros na estimativa de duração).
Para atingir sucesso no projeto, os riscos devem ser detectados de forma antecipada, antes que se tornem um problema. Para gerenciar um risco, precisamos primeiro saber que ele existe, e mesmo assim não é possível prever todos os riscos desde o início, podem surgir também riscos durante a execução do projeto.
Composição do risco:
Risco é uma causa e efeito, ou seja, a causa tem como origem uma probabilidade e o efeito sendo um impacto nos objetivos.
Portando uma fórmula muito conhecida para tratar os Riscos é:
Exposição ao risco = Probabilidade X Impacto
– A probabilidade é a chance de ocorrer (ex: 20% de chance)
– O impacto é a perda ou ganho deste evento de risco (ex: R$ 3.000)
Para identificar riscos é necessário fazer reuniões afim de comparar com projetos similares, atividades similares ou opiniões especializadas.
Após a identificação temos a análise qualitativa ou quantitativa:
Qualitativa: Como sendo uma análise subjetiva de riscos para determinar quais respostas vamos fazer (exemplo de risco: baixo, moderado, alto)
Quantitativa: Análise mais completa, com mais detalhes, uma análise que envolve números e geralmente quantifica um risco (exemplo: probabilidade de 20% e impacto de R$ 10.000, gerando um valor esperado de R$ 2.000).
Quando for necessário fazer uma decisão, uma ferramenta muito utilizada é a “árvore de decisão”, por exemplo: vamos fazer o trabalho de instalação de pisos elevados ou vamos contratar este trabalho? Esta análise de cenários é importante para determinar qual a melhor escolha.
A última parte da gestão de riscos é desenvolver um plano de repostas e controle e monitoramento de riscos.
As respostas aos riscos têm por objetivo tratar os riscos para minimizar o impacto da ameaça ou maximizar o impacto da oportunidade.
Para cada risco identificado devemos ter uma estratégia para lidar melhor com este evento.
Evitar: prevenir ou eliminar (evitar uma empresa desconhecida terceirizada)
Transferir: passagem do risco para terceiros (contratar seguro, garantia ou terceirização)
Mitigar: reduzir a probabilidade e impacto (elaborar protótipo, utilizar método conhecido, redundâncias)
Aceitar: reconhecer que o risco existe e não agir (estabelecer reservas de contingência)
Além destes exemplos, existem outros tratamentos como: ignorar, melhorar ou provocar riscos.
Sobre o plano de respostas aos riscos, este deve ser realista, deve possuir um responsável, deve ser adequado com sua importância e precisam ser rápidas.
O plano de respostas aos riscos deve prever pelo menos uma estratégia preventiva (antes de acontecer) e uma estratégia de contingência (para tratar dos riscos assim que acontecem).
Para finalizar todos os tratamentos temos que tratar:
Riscos residuais: São os riscos que permanecem ativos mesmo após as respostas ao risco terem sido implementadas. O plano de ação e contingência do risco deve ser atualizado para tratar esse resíduo.
Riscos secundários: São riscos que surgem como resultado da implementação de uma resposta a um determinado risco, dando origem a um novo risco. Deve ser feito um novo plano para tratar esse risco.
Análise das reservas de contingência: Durante toda a execução do projeto podem ocorrer riscos cujos impactos afetam as reservas para contingências do cronograma ou do orçamento do projeto. A análise das reservas compara a quantidade restante de contingências com a quantidade restante de risco para determinar se a reserva restante é adequada ou se são necessários novos aportes.
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