Metodologias ágeis ou tradicionais, qual é a melhor?

Assunto sempre atual e procurado por profissionais e empresas: qual metodologia usar na gestão do desenvolvimento de meus projetos e produtos? É isso mesmo pessoal! Muitas empresas e profissionais dos mais variados segmentos, como educação, mercado financeiro, saúde, e as mais variadas formas de prestação de serviços, se fazem esta mesma pergunta. E você, já usa alguma metodologia ou framework na gestão de seus projetos e produtos? Saberia indicar qual a(o) melhor a ser empregada(o) na sua organização ou para uso próprio?

Sem o objetivo de percorrer todo o conteúdo, conceitos e fundamentos que regem as diversas praticas existentes, iremos simplesmente explanar sobre métodos tradicionais e ágeis, no contexto de desenvolvimento de software, e entender quando empregar uma ou outra.

No início de 2009, mais organizações estavam usando processos

ágeis do que em cascata. Ken Schwaber (Scrum.org)

Então, dando sequência ao nosso questionamento inicial: Qual a melhor metodologia? Será bom, antes de mais nada, alinharmos nosso vocabulário. Vamos lá!

Metodologia de gerenciamento de projetos: é um sistema baseado em processos que visa nortear o rumo de um projeto desde sua abertura até o seu encerramento. Metodologias regem as equipes e seus processos através de regras que vão desde como iniciar e executar um projeto, passando pela gestão de recursos e chegando em como liderar pessoas, tema que particularmente aprecio muito. Sem dúvidas, gerir projetos está atrelado a aplicação de conhecimento, no uso de ferramentas e técnicas específicas, para o alcance dos objetivos.

Metodologia de gerenciamento de projetos: é um sistema baseado em processos que visa nortear o rumo de um projeto desde sua abertura até o seu encerramento. Metodologias regem a equipes e seus processos através de regras que vão desde como iniciar e executar um projeto, passando pela gestão de recursos e chegando em como liderar pessoas, tema que particularmente aprecio muito. Sem dúvidas, gerir projetos esta atrelado a aplicação de conhecimento, no uso de ferramentas e técnicas especificas, para o alcance dos objetivos. Método Cascata ou Waterfall:

Aqui, temos o método de desenvolvimento tradicional, com ciclo de vida de desenvolvimento de longo prazo e com pouca ou nenhuma flexibilização, sendo necessário completar todo o projeto antes de se implementar novos recursos ou funcionalidades. Ou seja, o que foi planejado inicialmente deve ser seguido friamente, ao “pé da letra”. Corre o risco de não ser entregue na sua totalidade. Indicado quando se tem requisitos bem definidos, onde alterações não são esperadas, como por exemplo: projetos de construção, infraestrutura e planejamento. Seu ciclo de desenvolvimento segue (não necessariamente todas) de forma estruturada, fases (disciplinas) bem definidas, do início ao fim do desenvolvimento: requisitos,

  • análise, design,
  • implementação,
  • testes,
  • implantação e
  • manutenção,
  • sequencialmente.

No Agile, como muitos se referem, o pensamento é outro. O produto é desenvolvido e entregue em pequenos períodos (iterações) que variam de semanas à 1 mês, e estas entregas (incrementos) vão se somando, de forma a agregar valor ao produto final. Por isso diz-se que os métodos ágeis são iterativos e incrementais. Metodologias ágeis, ao contrário dos métodos tradicionais de gestão de projetos, são mais flexíveis e adaptáveis em relação às mudanças, características estas, encontradas nas mais diversas abordagens como o método ágil XP, o agile Scrum, FDD, entre outros. O foco está na melhoria continua e redução dos desperdícios e são fortemente centradas nas pessoas e seus processos de trabalho.

Pois bem, como a ideia aqui era apenas entendermos o funcionamento básico dessas duas formas de trabalho, ou melhor, gestão de trabalho, agora sim, vamos ver qual delas usar. Sigam o Lider! Nesse ponto, você já deve ter feito suas análises e sua escolha, certo? Não?

Então digo pra vocês: não é uma questão simples e sim, bastante complexa. Não encontraremos uma resposta única. Visto de outra maneira, pense ou tente imaginar a infinidade de empresas, organizações e negócios existentes e suas respectivas formas de gestão. A verdade é que o que faz a instituição A ou B decidir na sua forma de gestão vai depender da necessidade do negócio, do produto ou serviço a ser desenvolvido. Por exemplo, em organizações governamentais, com seus processos arcaicos, oriundos de metodologias tradicionais e que são assim desde Cabral, podemos, sem sombra de dúvidas, dizer que a gestão de projetos é baseada em métodos tradicionais, certo?

Depende! Em outro exemplo, da construção de uma ponte ou túnel, temos requisitos bem definidos e previsíveis ou já conhecidos. Então o método em cascata parece cair bem. Vale destacar, que essas mesmas instituições e organizações públicas, buscam, na medida do possível, pois dependem de recursos técnicos e expertise, redesenhar seus processos e estruturas organizacionais na tentativa de elevar o seu desempenho e produtividade.

Metodologias:

É sabido que os métodos ágeis em suas diversas abordagens – destaca-se aqui o Scrum – vem ganhando espaço e caindo no gosto dos gestores. Será modismo? Empresas e startups, como Uber, Netflix e Spotify se utilizaram de métodos ágeis na gestão de seus projetos e na condução de seus processos rumo a transformação digital[1]. Utilização de tecnologias para melhorar o desempenho dos processos, ampliando o alcance e a otimização dos resultados.

As metodologias ágeis proporcionam processos mais enxutos, e o desenvolvimento e entrega de produtos ou serviços em questão de semanas. Poder entregar pequenas partes (funcionalidades) agradaria o cliente?

Ou seria melhor terminar tudo (após 1 ano ou mais…) e descobrir que não era bem aquilo o que se esperava? A Netflix teria o mesmo sucesso se esperasse 1 ano para lançar uma nova funcionalidade? O Uber era apenas um projeto entre amigos, para dar carona e vejam no que se tornou. Ok, tudo bem, já entendi que métodos ágeis são melhores. Calma, meu pequeno gafanhoto! Deixe-me continuar.

E se você fosse abrir uma fábrica onde o produto final são bolos? Usaria gestão ágil ou watefall? Parece de bom tom executar da forma tradicional, sequencialmente. Sim! É algo conhecido previamente e com passos bem definidos, onde durante a execução não ocorrerão mudanças na forma de como fazer as coisas. O processo é conhecido. Assim como existem projetos que demandam uma gestão mais tradicional motivada por suas nuances e características, sejam organizacionais ou por conta de seus processos de trabalho, a decisão por métodos ágeis, deve levar em consideração a complexidade e características do que se pretende gerenciar ou produzir. Podemos, de forma simplista (estou sendo irônico!) refletir acerca do seguinte questionamento:

Para o atingimento dos objetivos e metas do projeto, os processos são previsíveis, estruturados e definidos ou minha jornada passará por processos dinâmicos, indefinidos e complexos, onde terei de me adaptar e tomar decisões rápidas durante o ciclo de vida do desenvolvimento? Nada simples, não é mesmo? Essa foi apenas uma pergunta para exemplificar o quão difícil é tomar a decisão entre uma ou outra forma de gestão. Tal escolha demanda esforço conjunto da organização e seus integrantes, afim de atender as expectativas do negócio e de quem irá consumir o resultado deste esforço. Vimos que na gestão de projetos, podemos aplicar métodos tradicionais ou ágeis, e que a definição ou escolha de qual metodologia a ser empregada não é tarefa fácil. O estudo e domínio técnico de ambas as formas de gestão se faz necessário antes da implementação e uso destes métodos. No fim das contas, optar por um ou outro dependerá do conhecimento prévio do segmento de negócio e da sua cultura organizacional onde será empregado o método escolhido. Ainda com dúvidas? Que tal ingressar no mundo da agilidade e se tornar um Agilista, Líder ou Gestor Ágil de Produtos?

Aguardem

pelas próximas postagens!

[1] Utilização de tecnologias para melhorar o desempenho dos processos, ampliando o alcance e a otimização dos resultados.

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