1.Fale um pouco sobre sua formação e como chegou na área de Segurança da Informação.
Comecei a me interessar por tecnologia já no ensino médio onde tive oportunidade de fazer alguns estágios e começar a ter contato com a microinformática, mesmo estando em uma área administrativa na época. E antes mesmo de ingressar na faculdade já estava atuando com tecnologias de segurança, que na época era apenas o Antivírus/Fws/Diretórios e ativos de redes.
2. O que lhe motivou estudar a graduação na área de TI?
Como já estava trabalhando na área, ter uma graduação era de extrema importância, pois a graduação auxiliou a enxergar qual caminho deveria me aprofundar.
3. Você teve dificuldades em conciliar os estudos de graduação com o trabalho? Conte sua experiência.
Com certeza sim, pois na época da graduação trabalhava com consultoria/pré-venda/suporte e sabemos bem que não tem muito horário dependendo da demanda da área, ainda mais quando tínhamos algum caso de suporte ou incidente da época.
4. O que aprendeu no ensino superior lhe capacitou aos desafios do primeiro emprego na área de TI?
No ensino superior, puder ter mais clareza sobre a importância do alinhamento entre as áreas de sistemas, infraestrutura e segurança e que muitas vezes, pequenos ajustes na comunicação faziam total diferença no ecossistema.
5. Após concluir a graduação, como foi assumir um cargo e trabalhar realmente na área de TI?
Já estava na área antes de terminar a graduação, mas ao terminar foi um pré-requisito para que tivesse sido qualificado para as entrevistas, onde tive a grande oportunidade na época de ingressar em um fabricante de segurança da informação a nível Global, ou seja abriram se novos horizontes.
6. Seu perfil no LinkedIn registra um histórico na área comercial de soluções de infraestrutura de TI. Como foi a mudança da área técnica para a área comercial?
Excelente pergunta, realmente foi um grande desafio que veio a frase, “pra trás nem pra pegar impulso, tá com medo, vai com medo mesmo”. A mudança trouxe a visibilidade que área técnica e comercial tem que andar LADO a LADO, pois cada um tem um papel de suma importância em levar a mensagem da segurança da informação da melhor maneira possível nos diversos níveis dentro de uma corporação, ou seja desde o especialista ao C level.
7) Recentemente temos lido muitas notícias sobre vulnerabilidades que levam ao vazamento de dados pessoais na internet. Como as empresas podem evitar que dados de clientes sejam expostos publicamente?
Ter as tecnologias que descubram as superfícies de ataque, os processos para endereçá-las, o capital intelectual para mitigação e respostas aos incidentes, nos faz refletir sobre termos o alinhamento entre Tecnologia +processos + pessoas capacitadas na área de cibersegurança. Este é um grade desafio de qualquer empresa/gestor que além de se preocupar de como evitar que os dados sejam vazados, também tem que gerenciar e mitigar os riscos.
8) A tecnologia da informação também virou um atrativo para os crimes virtuais, como os golpes de phishing, scamming, pharming, falsos empregos, golpe do Pix, clonagem de WhatsApp e Instagram e outros. Como o cidadão comum pode ter o mínimo de proteção no ambiente virtual?
Realmente estamos tendo variedades dos tipos de ataques de forma crescente. Seguem alguns exemplos que auxiliam na proteção: Segundo fator de autenticação (2FA) em suas contas e aplicativos, evitar fornecer dados pessoais que sejam requisitados por mensagens ou contatos de voz, manter os dispositivos atualizados, utilizar senhas “fortes”, utilizar conexões seguras, observar antes de acessar, ter uma boa ferramenta de Antivírus atualizada e um ter o hábito de criar backups.
9) Muito tem sido falado sobre o “apagão de profissionais de TI”. O Brasil tem um déficit de profissionais de tecnologia de cerca de 160 mil profissionais por ano. Atualmente, você está trabalhando em um projeto de capacitação de docentes para a área de Segurança da Informação. Como funciona esse projeto e como as Instituições de Ensino Superior podem participar?
O Treinamento Técnico terá a duração de 10 semanas. Os instrutores são da própria empresa fabricante de segurança Trendmicro e seus Parceiros.
Os requisitos para os profissionais são:
– estar cursando ou ter concluído alguma graduação na área de Tecnologia da Informação;
– ter um conhecimento básico de redes/nuvem; e
– ter um bom conhecimento em inglês, para o treinamento técnico.
Podem se inscrever interessados a nível nacional, basta enviar: nome completo, telefone, e-mail, pequeno texto de apresentação pessoal contento por que deve participar do programa juntamente com uma narrativa da sua formação e experiência em TI.
O endereço de para envio é cpits_brazil@trendmicro.com.
Obs: A capacitação não tem custo para os selecionados e teremos uma turma ainda este mês e mais duas ou três no próximo semestre.
10. Que dicas você poderia sugerir para o leitor da Revista Carreiras TI que deseja entrar na área de Segurança da Informação?
Tenha vontade, persistência, paciência e seja muito curioso com a área de segurança da informação e coisas acontecem. 🙂
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Ew Sistemas TI.