Quem sabe você já tenha presenciado alguma situação onde uma pessoa só conseguisse se mover caso outro alguém lhe empurrasse. Ou, talvez, você mesmo já tenha ficado paralisado esperando o problema se resolver sozinho.
Pois é! Em muitas empresas, ainda existem pessoas que só saem do lugar após um grande empurrão.
E qual o motivo para que este cenário ocorra?
Vou te dar aqui, alguns motivos:
- Apatia (indiferença): quando o colaborador não entende sua significância dentro do processo produtivo e não se mostra interessado no desenvolvimento da empresa.
- Falta de proatividade: a atitude passiva do colaborador é um problema grave quando precisamos pensar e agir com rapidez.
- Coleguismo (“Panelinha”): a prioridade no atendimento da demanda depende do ciclo social do colaborador.
- Falta de conhecimento técnico: não saber o que fazer e não buscar o aprendizado é algo sem sentido se o interesse é atuar em uma determinada atividade.
- Falta de comprometimento: o motivo de nos candidatarmos a uma vaga de trabalho é porque confiamos e nos comprometermos com o propósito da empresa. Quando não temos afinidade com o propósito da empresa, não temos comprometimento no desempenho das tarefas.
- Falta de foco: vários problemas pessoais ou profissionais podem elevar a dispersão do colaborador e ele pode não estar direcionado para a razão de existir da companhia.
As consequências destes fatos são prejudiciais tanto para a empresa quanto para o colaborador.
A empresa deixa de gerar valor, passa a entregar produtos sem qualidade, mantem uma equipe despreparada e desmotivada, além de ter grandes chances de fracasso.
Para o colaborador pode gerar a infelicidade no ambiente de trabalho, insegurança quanto ao vínculo com a empresa, provocar uma situação desconfortável e constrangedora, como também, uma baixa expectativa de sucesso profissional.
O mundo passa por constante transformação em todas as áreas. Na área de gestão não seria diferente. O modo de gerir pessoas tratando-as como máquinas há muito está em desuso. Hoje, entendemos que são as pessoas que movem as empresas. O objetivo de toda empresa é ter pessoas que resolvam os problemas de outras pessoas. Por isso, é tão importante ter dentro destas empresas pessoas motivadas que pensam e agem de maneira adequada e eficiente.
A Gestão 3.0 considera as pessoas como ponto de atenção principal e procura valorizá-las em meio às suas diferenças. Desde o início dos anos 2000, o pensamento ágil tem se tornado um propulsor para que esta transformação aconteça nos ambientes corporativos. Um dos valores defendidos pelo MindSet Ágil é que “PESSOAS e INTERAÇÃOES são mais importantes que processos e ferramentas”.
Desta forma, olhar para cada um dos colaboradores da empresa, acolhendo-os, capacitando-os e auxiliando-os na solução de problemas de todas as ordens é algo que diferencia a empresa e proporciona um ambiente de trabalho saudável.
Neste sentido, ter um ambiente com estas cinco características traz um desenvolvimento extraordinário à empresa:
- Foco: trazer a concentração e manter o pensamento na solução do problema do cliente é o motivo da empresa existir.
- Abertura: dar a cada colaborador a oportunidade de expor seu ponto de vista e enfrentar os desafios que estão à sua volta.
- Coragem: falar que errou ou que não sabe fazer não seria a gravidade do problema. Mas sim, esconder as imperfeições e as dificuldades.
- Comprometimento: ser responsável pela própria rotina e se responsabilizar por todas as consequências de cada tarefa desenvolvida.
- Respeito: respeitar a empresa, os clientes e cada colega é questão de dignidade humana. Estamos falando em respeito à pessoas, ao que elas representam e ao investimento que cada uma faz para que o trabalho seja bem sucedido.
Mas refletindo nas características acima, sabemos da dificuldade de ter profissionais com todos estes valores. Por isso, o constante investimento em capacitações e desenvolvimento profissional é tão importante na empresa.
Por exemplo, quando um novo colaborador se junta à equipe, é normal que esta equipe tenha uma perca de produtividade até que ele aprenda toda sua rotina de trabalho, pois outro colega deixa de atuar na sua própria função para o apoiar. Mas é bom lembrar que o tempo de aprendizado não pode ser infinito. Isto quer dizer que o novo colaborador precisa se esforçar para dominar o trabalho o quanto antes e ter a consciência de que a equipe tem que ser mais produtiva com a sua colaboração.
A partir daí, este profissional se compromete mais e mais em desempenhar suas tarefas e não precisa de que outra pessoa micro gerencie o seu trabalho. Assim, a equipe passa a atuar de maneira mais autogerenciável e entregar mais resultados com qualidade.
Faça uma reflexão sobre sua atuação na empresa e avalie se você precisa que alguém te delegue suas rotinas durante todo o tempo. Caso isto esteja acontecendo, é hora de repensar e melhorar sua conduta profissional. Não se envergonhe de pedir ajuda!
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By: Jaine Garcia / Cíntia Simões
Jaine Garcia Rodrigues Santos
Especialista em Gestão da Qualidade e Auditoria de Processos.
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